Dez anos do híbrido da Toyota

Tecnologia híbrida e etanol são apontados como o futuro da descarbonização

 

O Toyota Prius comemora em 2023 os dez anos do lançamento no Brasil. Tecnologia até então pouco conhecida no mercado nacional, o veículo foi o pioneiro e principal responsável pelo desenvolvimento e popularização de uma das soluções mais amigas do meio ambiente, a híbrida flex.

Com desenho fora do convencional e ainda custando mais caro em relação a outros médios, sete mil unidades do Prius foram comercializadas no Brasil até 2021. O modelo, importado do Japão, teve sua apresentação oficial para o público no Salão de São Paulo, em 2012. Mas, antes mesmo do evento, o Prius já podia ser visto nas ruas paulistanas pelo fato de ter sido incorporado à frota dos táxis “verdes” do município. No total, foram adicionadas 116 unidades do veículo ao programa como parte dos testes da Toyota no mercado.

“O Prius cumpriu um importante papel nestes dez anos aqui no Brasil, e abriu caminho para o desenvolvimento da tecnologia híbrida

flex, contribuindo no processo de eletrificação do nosso portfólio”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.

O carro, equipado com dois motores, um a combustão e outro elétrico, se destacava por sua grande eficiência energética e de combustível, baixa emissão de CO2, e por ser reciclável: 95% do Prius era reutilizável, 85% totalmente reaproveitado e 95% dos componentes da bateria de longa duração poderia ser reaproveitados. Um avanço até os dias de hoje.

 

Inovação e pioneirismo

Dois anos após o início das vendas do Prius no Brasil, em 2015, a Toyota iniciou os trabalhos entre engenheiros brasileiros e japoneses para o desenvolvimento da tecnologia híbrida flex, presente no Corolla e Corolla Cross. O trabalho foi direcionado no sentido de extrair o potencial máximo de cada solução: alta eficiência e baixos níveis de emissões ao utilizar combustível oriundo de fonte 100% renovável.

Em setembro de 2018, um investimento de R$ 1 bilhão na fábrica de Indaiatuba, permitiu o primeiro modelo fabricado no Brasil a oferecer a inédita tecnologia híbrida flex no Corolla sedan, em sua versão mais cara.

“O Brasil tem um enorme potencial para ser protagonista mundial na descarbonização da frota. O etanol de cana-de-açúcar é o biocombustível com a menor pegada de carbono do mundo. Uma solução limpa e renovável, e que é realidade no País”, destaca Chang.

Dois anos após a apresentação do primeiro modelo híbrido flex do mundo fabricado no Brasil, a Toyota lançava o segundo veículo a utilizar a tecnologia, o Corolla Cross. Desde 2019, quando foi lançado o Corolla Sedã, acrescentando o Corolla Cross em 2021, os modelos híbridos flex continuam com o maior market share de eletrificados leves no Brasil, com uma participação de 30% no primeiro trimestre deste ano. No total, foram produzidas no país mais de 60 mil unidades desde o lançamento da tecnologia.

Somente na última década, a Toyota investiu R$ 6 bilhões no desenvolvimento de tecnologias, na modernização de suas plantas e na produção dos veículos comercializados no Brasil e exportados região a fora.

 

O futuro da descarbonização

Recentemente, a Toyota deu mais um passo rumo a neutralidade de carbono no Brasil ao firmar a parceria com a Shell Brasil, Raízen, Hytron, Universidade de São Paulo (USP), Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) e Senai CETIQT, e se tornou a primeira montadora automotiva a cooperar no desenvolvimento de hidrogênio renovável a partir do etanol. Para isso, realizará o empréstimo de um Mirai, primeiro carro de série movido a célula combustível (Fuel Cell Electric Vehicle) para a USP, que irá realizar estudos e aplicações dessa tecnologia “do campo à roda”.

Esse desenvolvimento faz parte de um conjunto de esforços da companhia no cumprimento de metas ambientais ambiciosas, previstas no seu Desafio Ambiental 2050. Adicionalmente, contribui com a ambição da marca em produzir carros cada vez melhores, a fim de colaborar com a de impactos ambientais causados pelos automóveis, chegando o mais próximo possível ao nível zero de emissão.