Marrom Laterita: a última mudança do Suzuki Jimny

Jipinho se despediu de vez na linha 2022 e deixou milhares de fãs

 

Foi em outubro de 2021 que o pequeno Suzuki Jimny recebeu sua ultima mudança na gama: a opção de cor marrom Laterita. A cor foi oferecida já como linha 2022 no modelo que nunca recebeu grandes mudanças no desenho desde que começou a ser produzido no Brasil em 2013.

A tonalidade trouxe uma aparência mais robusta ao modelo, bem no DNA 4×4 do Jimny, um dos mais utilizados para a prática do off road no Brasil e que conquistou uma legião de fãs.

O tom foi oferecido nas versões 4ALL e 4SPORT para combinar com o grafite presente nos para-choques, para-lamas, no skid plate e nas rodas de liga leve de aro 15 do modelo. Mas foi por pouco tempo, porque logo a produção foi encerrada e o pequeno Jimny se despediu. Junto com o marrom, o azul escuro metálico oferecido antes são as cores mais raras do modelo, produzidas somente nos últimos anos.

 

Um 4×4 para todas as horas

Mais do que um carro, o Jimny ainda hoje está aliado ao estilo de vida aventureiro e descontraído de seus consumidores. Um dos destaques do modelo da Suzuki é a valentia fora de estrada.

Tanto o 4ALL e quanto o 4SPORT contam com sistema 4×4. A mudança da tração é feita com um simples toque no botão. 2WD para uso urbano com tração traseira, 4WD com tração nas quatro rodas e 4WD-L, a reduzida, que dobra o torque e permite enfrentar diversos obstáculos off-road.

Preparado para enfrentar as mais difíceis situações, o Jimny tem excelente de altura livre do solo, com 200mm, ângulo de entrada de até 45° e de saída até 51º, uma versatilidade para todos os tipos de terreno.

 

O sistema 4×4 tem roda livre pneumática com caixa de transferência sincronizada e gerenciamento eletrônico. Com isso, é possível fazer a mudança de tração com apenas um toque no botão, que fica localizado no painel. É possível realizar as mudanças entre os modos 2WD e 4WD em velocidades de até 100 km/h. Para o 4WD-L é preciso parar completamente o carro, colocar o câmbio em ponto morto, pisar na embreagem e alinhar o volante.

O raio de giro de apenas 4,9 metros, auxilia nas manobras até nos lugares mais estreitos, seja em uma trilha em uma região inóspita, ou mesmo em uma vaga de garagem.

 

Desempenho e potência

As versões 4ALL e 4SPORT, assim como as demais fabricadas no Brasil trazem debaixo do capô o motor em alumínio 1.3L (DOHC) a gasolina, com 16 válvulas, 4 cilindros em linha, 85 cavalos de potência a 6.000 rpm com torque máximo de 11.2 kgf.m a 4.100 rpm e injeção multiponto sequencial. A corrente de comando, velas de longa duração e escape de aço inox garantem confiabilidade para toda a vida útil do veículo.

Com a tecnologia do comando variável de válvulas (VVT), otimiza o torque para todas as faixas de rotação. A força é a característica do Jimny, não a velocidade final. Em conjunto com a injeção eletrônica multpoint sequencial, o sistema garante otimização do consumo de combustível. Para um carro com carroceria construída sobre chassi, com uma série de reforços estruturais que agregam peso, as médias de 12,5km/l em rodovia são adequadas.

O câmbio de cinco marchas tem relações bem curtas. O giro sobe rápido nas primeiras marchas. Na cidade, quando o carro atinge velocidade de cruzeiro, o motorista já pode usar a quinta marcha para reduzir o giro e poupar combustível. Essa estratégia também desencoraja rodar em altas velocidades. Correr não é para o Jimny e ele deixa isso bem claro.

As suspensões dianteira e traseira utilizam molas helicoidais sobre eixo rígido, que garantem custo de manutenção baixo e aumentam a longevidade do veículo.

 

Segurança e praticidade

O Jimny possui barras de proteção lateral, para maior segurança dos passageiros, e o motorista ainda dispõe de coluna de direção retrátil em caso de colisão. Os cintos são de três pontos e encostos de cabeça ajustáveis para todos os ocupantes.

Os freios a disco na dianteira possuem as pinças em posição mais elevada. Assim, facilitam a transposição em trechos alagados com

eficiência de frenagem no escoamento de água, e evitam retenção de terra ou lama. Na traseira, o freio a tambor com válvula sensível a carga traz controle de frenagem.

No interior, o espaço é pequeno e não há ousadia no desenho. O Jimny tem um projeto ergonômico com bancos que possuem diversas configurações, sendo os traseiros bipartidos e rebatíveis com cinco posições de inclinação. Podem formar quase uma cama se os encostos dianteiros forem abaixados com o assento totalmente para frente. É possível até usar em um acampamento.

Ar condicionado, vidros, travas e espelhos elétricos estão no pacote. Faróis de neblina quase todos tem, exceto pela versão 4Work no último ano de produção. A direção hidráulica progressiva é pesada comparada com uma elétrica atual. Mas na proposta do Jimny, é adequada.

 

O problema do shimmy

Um defeito crônico no Jimny durante toda a produção foi o surgimento do shimmy, uma trepidação na direção quando o carro começa a desenvolver velocidades mais altas. Em geral, surge entre 70km/h e 80km/h. Acima ou abaixo disso, a vibração some.

O defeito pode ser amenizado com a calibragem adequada nos pneus, em 23 ou 24 libras, e a execução do serviço de balanceamento com a roda posicionada no veículo, chamado “balanceamento local”. A instalação de um amortecedor de direção, feita em oficinas especializadas, também faz o problema praticamente desaparecer.