Compass Blackhawk e seus 272 cv
A versão topo de gama do Jeep Compass já foi a aventureira Trailhawk. Hoje, com o lançamento da esportiva Blackhawk, a proposta é bem diferente para atender um consumidor que não busca mais andar longe do asfalto. Mas quer esportividade, desempenho e muita tecnologia. A proposta esportiva já fica marcada pelos acabamentos, todos pintados na cor do carro, tal como a versão S. A grade ganha elementos em bronze nos anéis. As rodas aro 19 tem desenho exclusivo da versão. Na traseira, o escapamento duplo saliente mostra que este Compass não está para brincadeira. Só fica faltando um emblema “Hurricane” para denunciar o que há embaixo do capô. Antes de falar sobre isso, o interior do Compass Blackhawk é diferenciado em relação às outras versões. Há bancos em suede com bordado da versão e elementos em bronze. Só a Blackhawk tem uma tela extra no cluster digital de dez polegadas. Nela, estão informações do desempenho, pressão do turbo, força G e outros indicadores. Toda escurecida, falta um pouco de contraste para ajudar na leitura. A mídia U-Connect preserva funções de mapas, conexão sem fio com celulares e controle do ar digital de dupla zona, que também tem botões físicos. O mais interessante da linha 2025 fica por conta dos assistentes. O Compass ainda tem o assistente de estacionamento, que manobra o carro para você e nós mostramos isso no review em vídeo no nosso canal. Veja no link abaixo: Além disso, ele ganhou assistentes de direção nível dois. O que isso significa? Que agora o Compass pode fazer curvas sozinho, enquanto mantém a velocidade determinada e a distância para o carro à frente. Esse conjunto de sistemas pode ser usado na estrada ou na cidade. Se o trânsito parar, o Compass acompanha o carro à frente até a parada total. Para rodovias, é possível usar todas as funções combinadas e apenas segurar o volante, que agora possui um capacitor para identificar mais rápido quando o motorista está sem as mãos. Logo ele alerta no painel. Ou também é possível usar apenas o controle de cruzeiro no modo adaptativo ou tradicional, centralizador em faixa ou apenas fazendo a correção da evasão. Motor 2.0 turbo Mas a experiência mais interessante nessa nova versão do Compass será desligar todos esses sistemas e explorar o desempenho do motor Hurricane. Uma retomada de 60 km/h a cem acontece em poucos segundos, com um vigor nunca antes visto em um Jeep. Rodando a 120 km/h em rodovia a margem de acelerador que ainda há para ser pressionada é enorme. E se o motorista encarar, vai chegar sem esforço aos 200km/h. Não é brincadeira. Nem é para fazer isso. Todo esse desempenho vem do motor Hurricane 2.0 turbo, de quatro cilindros. Ele possui comando de válvulas duplo acionado por corrente e variação na admissão e escape. São 272 cv de potência e 40,8 kgfm de torque. Hoje, um Jeep Compass pode ser tão rápido quanto um Jetta GLI. O motor não é o único responsável pela performance do carro. A suspensão independente nas quatro rodas foi recalibrada e está mais rígida. Os discos de freio dianteiro são maiores. Além disso, este Compass usa o câmbio automático ZF de nove marchas e a tração nas quatro rodas, como as versões diesel. Porém aqui, a ideia não é o uso off-road. Ele até tem modos para isso. Mas a grande vocação do sistema nesta versão Blackhawk é deixar o Compass grudado no chão e gerenciar a força que entrega em cada roda. O resultado disso é um carro com uma performance de um verdadeiro esportivo. Em alta velocidade, o carro está sempre grudado no chão e obedece os comandos do motorista. Faz com que o condutor fique mal acostumado e qualquer outro carro que ele dirigir depois será “manco”. Todo esse desempenho tem preço? Sim e não. Claro que as versões Overland e Blackhawk, equipadas com o motor Hurricane custam mais caro e podem chegar a R$ 292 mil na mais cara. Porém, manter o 2.0 não é mais caro em relação ao 1.3. As médias de consumo rodoviário se equivalem na estrada, entre 11 e 12 km/l e são levemente mais baixas na cidade, entre 7,5 e 8km/l. No fim das contas, ainda que esteja na mesma geração, o consumidor vai ver valor nesta nova versão quando for trocar o seu série S, ainda que o carro em si não tenha mudado. Reportagem e fotos: Guilherme Rockett
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