Jimny 4Sport 2020: entender e ser feliz
O Suzuki Jimny é daqueles carros que ganha sorrisos por onde passa. Bem mais que uma cara simpática, ele é um jipe raiz, com todos os atributos para vencer situações difíceis. E mais: faz isso sendo muito resistente e sem dar problemas. A versão 4Sport é uma criação brasileira, feita pela fábrica da HPE. Em 2020 o modelo já havia recebido as últimas modificações que o acompanharam até a despedida, dois anos depois. Este Jimny 4Sport amarelo tem 29 mil quilômetros rodados e está à venda na Premium Gestão Automotiva, avenida Wenceslau Escobar 1164, bairro Cristal, em Porto Alegre. Os contatos da Premium são (51) 99682-9584 e (51) 99682-1791. Veja o review em vídeo no Canal da Eu Dirijo no You Tube: O Suzuki Jimny começou a ser oferecido no Brasil ainda no final dos anos 1990, quando a Suzuki ainda tinha importação oficial no Brasil. Em 2009 voltou a ser vendido no país como importado do Japão, já com a operação da atual empresa HPE. Em 2012, o jipe passou a ser produzido aqui, com uma mudança na dianteira. E assim ficou até 2021, quando leis de emissões exigiram ajustes no motor. Houve uma brecha e mais alguns foram fabricados em 2022, até que a fábrica decidiu encerrar a produção. O Jimny 4Sport amarelo, à venda com a Premium Gestão Automotiva, já tem todas as últimas mudanças, exceto pelas rodas, que ainda mudaram depois. A grade passou a ser em tom grafite, o mesmo dos para-choques e das molduras nos faróis, que ficaram mais salientes. O snorkel na lateral e os espelhos retrovisores também ganharam pintura cinza. As molduras dos para-lamas passaram a ter desenho trapezoidal, ao contrário do anterior, arredondado. São detalhes que a marca fazia para tentar atualizar o projeto antigo e consagrado. Cheio de acessórios, este Jimny possui bagageiro em formato de cesto no teto. Acompanham as barras longitudinais originais do modelo. No porta-malas de 113 L, há um organizador forrado com carpete. Dentro, é possível guardar a bola do engate para reboque. No interior, destaque para o novo revestimento dos bancos em couro, que passou a ser oferecido nesse ano. De melhor qualidade, o conjunto aumenta o conforto para ocupantes da frente e atrás. O volante também é forrado em couro e já tem desenho mais atual, que chegou na linha em 2018. O painel também mudou nesse ano e aqui já oferece tela digital para marcadores de combustível, temperatura, hodômetro e horas. O relógio, aliás, fazia falta. O sistema de mídia tem tela suave ao toque com conexões com cartão e celulares. É um sistema mais simples em relação às mídias atuais. Porém já está presente e oferece o essencial. Por ser um carro duas portas e alto do chão, o acesso para trás é restrito. O banco dianteiro corre para frente e é preciso flexibilidade para se acomodar. O espaço é pequeno e é preciso entender isso no Jimny. Na versão 4Sport, destaque para o carpete de borracha. Facilita a limpeza. Motor e construção Antes de fechar negócio em um Jimny, é preciso entender de fato o que ele é: um jipe. O Jimny é construído sobre chassi de longarinas. O chamado Heavy Duty é rústico e tradicional. Os eixos tem os dois diferenciais do sistema de tração. O conjunto de suspensão é desenhado para aguentar as mais difíceis condições. O sistema de freio tem tambor atrás e disco na dianteira. A pinça está instalada na parte superior para que lama ou sujeira não fiquem presas ali. O ângulo de entrada tem 45 graus, o de saída tem 51 graus, mais 32 graus no ângulo central. A altura mínima do solo é de 20 cm. Números que podem fazer o Jimny praticamente subir uma parede sem bater ou raspar. Embaixo do capô o motor é 1.3 16V quatro cilindros e duplo comando de válvulas, acionado por corrente. São 85 cv de potência e 11,2 kgfm de torque sempre com gasolina porque o motor não é flex. Muito resistente, esse propulsor raramente apresenta problemas. Ao longo dos anos, as manutenções ficam restritas a troca de óleo, filtros, velas e cabos. E só. A posição do motor é longitudinal, tal como os jipes antigos. Dele, a força vai para a caixa de marchas, depois para o eixo cardã e segue para o diferencial traseiro quando o carro anda em tração 4×2. Ao acionar o 4×4, a caixa de transferência leva metade da tração também para a frente. Experiência Ao sentar para dirigir, a posição é elevada e a visibilidade é ótima. O pedal da embreagem é macio e as trocas de marcha são rústicas porque acontecem direto na caixa. O motor 1.3 dá conta do recado nas acelerações e retomadas. Com o câmbio curto, ele sobe a giros mais altos para acompanhar o fluxo. A 60km/h o motorista já está em quinta marcha. Se o sinal fecha ou o trânsito para, é importante que a frenagem seja auxiliada por reduções de marcha para que a exigência dos freios seja menor. Assim, o motorista vem de quarta para terceira, depois para segunda e para o carro. O Jimny tem muita massa para segurar apenas com os freios e essa característica é peculiar de um jipe. Um Wrangler também sente esse peso nas reduções. Ao passar por imperfeições, elas serão sentidas no interior do carro por conta da suspensão dura. Dentro da cidade, o ideal é manter os pneus dentro da calibragem indicada na porta: 23 a 26 libras. Jamais use o Jimny com mais de 30 libras, como costumam indicar os frentistas. O conjunto ficará extremamente duro e vai forçar todos os componentes. Mais uma vez, é preciso conhecer e entender o carro. O interior do carro é pequeno e a posição das pernas pode incomodar motoristas mais altos. Não há como fazer milagres em um carro compacto. A grande vantagem dele é o raio de giro pequeno, fazendo com que o motorista manobre em qualquer espaço e saia das situações mais apertadas. É o ônus e
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