Uma viagem de Porto Alegre ao Rio de Janeiro no hatch da Hyundai
Levamos um Hyundai HB20 ano 2021, com motor 1.0 aspirado para uma viagem de 3,5 mil km. Cruzamos cinco estados em um percurso de ida e volta e a gente conta como foi. Partimos da capital gaúcha no dia 13 de março de 2023 pela manhã, por volta das 9h, com a meta de chegar em Curitiba para o pernoite. O trecho gaúcho foi tranquilo, rodando pela BR-290, a Freeway, e depois na BR-101. As estradas têm boas condições e mantêm limites entre cem e 110 km/h, exceto na região do litoral gaúcho em que há trechos com limites mais baixos. Em Santa Catarina, o limite passa para 110 km/h e a viagem fica bem mais tranquila. O HB20 é um carro firme no chão e bem ajustado para rodar na estrada.
O primeiro abastecimento já veio um pouco antes da capital de Santa Catarina, Florianópolis. Usando gasolina, a média de consumo do carro ficou em 17km/l, usando ar-condicionado ligado. Um número bastante interessante. Seguindo pela BR-101, adiante de Florianópolis, o limite baixa para 100 km/h. O primeiro percalço da viagem aconteceu próximo à Joinville, quando o trecho da BR-376, que dá acesso ao Paraná, havia sido interditado por conta das chuvas. Uma parada para olhar o mapa e resolvemos desviar o percurso por São Bento do Sul para acessar a BR-116 e entrar em Curitiba pelo outro lado.
Da BR-101 para São Bento do Sul há um trecho de serra que pegamos com muita chuva e uma fila enorme de veículos, fazendo o mesmo percurso. Subindo em primeira ou segunda marcha com ar-condicionado ligado, o consumo caiu para uma média de 12 km com litro. Cruzando trechos urbanos em estradas de pista simples e chegamos em Curitiba por volta das 9h da noite, já com uma hora de atraso em relação ao previsto.
O caminho para o Rio de Janeiro
Na manhã seguinte, partimos em direção ao Rio de Janeiro pela rodovia Régis Bittencourt, a BR-116. O trecho até a cidade de Registro é marcado pela descida da serra e, na nossa viagem, foi acompanhado pela chuva, bastante intensa em alguns momentos. O Hyundai HB20 reforça o ajuste de suspensão que o mantém sempre agarrado no chão e bem firme para fazer curvas. Ainda que o motor 1.0 aspirado exija reduções de marcha para subir aclives, ele é perfeitamente adequado para manter o carro nas velocidades limites das estradas e em nenhum momento a gente fica com receio de acessar uma curva, mesmo entrando um pouco mais forte. O carro continua firme com pista escorregadia.
A versão 1.0 Vision já é equipada com os retrovisores elétricos, vidros traseiros elétricos e a central multimídia com Apple CarPlay Android Auto. Isso ajudou para o espelhamento do celular com o mapa do GPS. Usamos outro aparelho preso ao pára-brisa com um aplicativo para a indicação dos radares, o Radarbot, bastante eficiente mesmo quando não há sinal de celular.
O trecho da cidade de Registro até Juquiá é marcado por trechos mais retos e com limite de 110 km/h. Bom para uma viagem segura e uma velocidade tranquila. Até aí já estávamos acompanhados pelo sol. Mais próximo de São Paulo, o GPS indicou um caminho alternativo, pois havia bloqueio na chegada da capital paulista no percurso pela BR-116. Desviamos à direita em direção à Peruíbe e ao litoral norte de São Paulo. Cruzamos todas as praias até chegar ao sistema Imigrantes. Iniciamos a subida da serra e a sequência de viadutos com muito trânsito, andando em primeira marcha e permanecendo sem rodar por alguns minutos em vários pontos. A quantidade de carros e caminhões sobre os viadutos chegava assustar.
Mas adiante, após subir a serra, acessamos o anel viário de São Paulo para voltar à BR-116, já no trecho da Presidente Dutra. Entretanto, o GPS nos encaminhou para a rodovia Ayrton Senna, com limite de 120 km/h. Praticamente sem movimento, fizemos uma viagem rápida e tranquila até o acesso com a Via Dutra. Nesse trecho, paramos para abastecer mas duas vezes, sempre comédias de 17km/l.
Seguimos pela Via Dutra até a divisa de estado com o Rio de Janeiro. Com longas retas e limite de 110 km/h ainda no estado de São Paulo, é mais uma vez possível fazer viagem tranquila, sem parecer lenta. O percurso passa ao lado da Basílica de Aparecida. Depois, após a divisa de estado com o Rio de Janeiro, aos poucos a serra Já aparece a esquerda e começamos a descer. Cruzamos próximo das cidades de Porto Real e Volta Redonda. Depois, a Serra das Araras é o ponto mais perigoso. A descida já foi no início da noite, com caminhões cruzando pela esquerda, bem acima do limite de 40 km/h nas curvas muito fechadas. É o trecho de maior atenção. Para frente, voltam limites altos, de 100 ou 110 km/h, superior até ao que a gente considerava seguro. Até que entramos no Rio de Janeiro pela Avenida Brasil.
O retorno para Porto Alegre
Dois Dias depois iniciamos o retorno. Dessa vez, a saída do centro da cidade foi pela Linha Vermelha, em direção a zona norte da capital fluminense. Andando no elevado, o limite de velocidade ainda é alto e há policiamento. Mais adiante, acessamos de volta a BR 116 no sentido contrário. A subida da Serra das Araras tem curvas menos acentuadas do que a descida, já que as duas pistas se separam no trecho. Ainda assim, é um percurso que exige marchas reduzidas e atenção o limite de velocidade. Se o carro tem pouca potência, é melhor deixar veículos mais rápidos ultrapassarem.
Mas adiante, voltam os limites de 110 km/h, mesmo nos trechos com muitas curvas ainda no estado do Rio de Janeiro, em que o motorista às vezes nem se sente tão encorajado a rodar com essas médias de velocidade. O percurso até São Paulo levou aproximadamente 6h, com paradas para reabastecer, mantendo as médias de consumo de 17 km/l. A atenção maior fica na chegada à capital paulista, quando os limites de velocidade ficam mais baixos e a gente inicia a entrada na zona urbana da cidade. Dentro de São Paulo, com limite de 50 km/h nas vias, o motorista precisa de muita atenção.
O retorno para Porto Alegre aconteceu dois dias depois. Cruzamos parte da avenida 23 de Maio, passamos pelo túnel em baixo do Parque do Ibirapuera e seguimos pelo complexo viário Ayrton Senna até a Marginal Pinheiros. Depois a saída deveria ter sido feita direto pela Rodovia Régis Bittencourt. Mas por um erro de acesso, pegamos a rodovia Raposo Tavares e depois um pequeno trecho do Rodoanel Mário Covas. Aí sim foi possível acessar de volta a BR-116 e seguir em direção à Curitiba.
O pior trecho do caminho fica entre Itapecerica da Serra e São Lourenço da Serra, com limite de velocidade que varia entre 60 até 100 km/h, de uma hora para outra. Você dirige a cem e é obrigado a reduzir para 60. Mais uma vez é necessário atenção. A vantagem é que o trecho agora está completamente duplicado, com viadutos e túneis já concluídos. A atenção para esses locais fica por conta do limite de velocidade 40 km/h. Depois, no trecho plano, os limites voltam para 110 km/h e é possível manter velocidades mais tranquilas para dirigir até a região de Registro, em São Paulo.
A divisa do estado de São Paulo com Paraná é novamente marcada pela serra. O trecho da BR-116 tem três pistas mas caminhões insistem em ultrapassar uns aos outros e é bem comum que eles ocupem duas dessas faixas. Resta apenas a esquerda para os carros ultrapassarem. Motor 1.0 sofre bem mais e é preciso reduções para terceira ou até segunda marcha em algumas situações. Há controladores no trecho, por isso é preciso atenção quando o limite de velocidade é 60 km/h.
Não precisamos entrar em Curitiba, porque conseguimos pegar o anel viário e acessamos
direto o percurso para São José dos Pinhais e novamente a descida da serra para Santa Catarina. Dessa vez a BR-376 estava liberada. Já é metade da tarde quando estávamos na região de Barra Velha. Abastecemos novamente para aproveitar um preço mais em conta e as médias seguiram entre 17 e 18km/l.
Cruzamos o estado de Santa Catarina no fim de tarde antes de Florianópolis e noite após Florianópolis. A chegada em Porto Alegre foi por volta da uma hora da manhã, com o do carro marcando 3,5 mil km de viagem.