Fiat Argo 1.0 é bom negócio entre os usados

Quando novo, não repetiu o sucesso do Palio. Agora é diferente

Zero quilômetro, o Fiat Argo nunca chegou a repetir o sucesso do Uno e do Palio, que início dos anos 2000, inclusive chegaram a superar o Gol em vendas. Mas entre os usados, o Argo é bem visto pelo consumidor que procura um hatch confortável e econômico.

Dirigimos um Fiat Argo versão Drive, 1.0, ano modelo 2021 com 70 mil quilômetros rodados. Pouco se ouvia de ruído no acabamento, algo normal para o modelo em que o plástico predomina. O que importa, a suspensão, não tinha batidas nem algum tipo de folga. O único problema aparente parece ser até um defeito crônico do Argo, que aparece até mesmo em modelos novos: ao esterçar o volante com o carro parado, alguns estalos são percebidos. Entretanto não há relatos de falhas no conjunto e essa parece ser uma característica do modelo.

Essa construção mais sólida vem da plataforma do modelo, projetada e pensada essencialmente para o Brasil. Tanto que ela deu origem ao sedã Cronos, ao crossover Pulse e o coupé Fastback. Até mesmo a picape Strada é construída em uma derivação dessa plataforma. Como resultado, os carros conseguem rodar pelo piso ruim por muito tempo, com uma suspensão robusta e ao mesmo tempo macia.

Quem gosta de conforto a bordo encontra no Argo uma direção elétrica bastante leve, que facilita as manobras. Vidros elétricos, travas elétricas e ar-condicionado estão em todas as versões. O consumidor precisa estar atento apenas a versão básica 1.0, que não tem nome. Algumas não tinham limpador e desembaçador do vidro traseiro, isso era opcional em alguns anos. Os retrovisores externos elétricos e os vidros traseiros elétricos precisavam ser comprados como opcional a partir da versão Drive. Faróis de neblina e rodas de liga-leve também eram opcionais, primeiro no kit Stile e depois no pacote S-Design.

Foi no Argo que a Fiat estreou a central multimídia U-Connect, vendida como opcional na versão Drive dos primeiros anos e que passou

para essa mesma versão como item de série a partir de 2021. Ela reúne informações do computador de bordo e faz espelhamento com o celulares por cabo. Tem sete polegadas e ainda hoje é aplicada no Argo e no Cronos. Por ser a primeira versão, ela apresenta algumas falhas, como o fato de travar ou não fazer a conexão com celulares. São falhas momentâneas e que não prejudicam uso.

No mercado de usados, é possível encontrar o Fiat Argo nas lojas de locadoras. A versão 1.0 sem nome é a mais comum. No entanto, também há modelos na versão Drive, com a central multimídia. Dê preferência para esses que tem revenda mais fácil no futuro.

O Firefly 1.0 e 1.3

O motor Firefly é uma das engenharias mais interessantes da Fiat nos últimos tempos. A marca criou o 1.0 com três cilindros e o 1.3 com quatro cilindros. Ambos compartilham as mesmas peças, como pistão, biela, bronzinas. A diferença é que o motor menor tem um cilindro a menos. Com isso, a manutenção futura terá peças em abundância. Além disso, pelo exemplo dos motores Fire, esse novo deve ter vida longa. O consumo de combustível é baixo tanto no 1.0 quanto no 1.3, com médias rodoviárias na casa dos 17km/L.

Quer saber mais? Assista o teste do canal Veículos & Velocidade com o Fiat Argo Drive 2021:

https://youtu.be/XhMT28iNWvw