Quando a sigla “GTI” está estampada na traseira de um Golf, significa que já estamos falando de um mito. Independente do ano, o Golf GTI é um carro consagrado e ainda hoje é referência em termos de dirigibilidade e comportamento dinâmico. Para quem aprecia o carro vale uma dica: a hora de comprar é agora.
A plataforma eu dirijo experimentou um Golf GTI 2014, já na última geração que foi oferecida no Brasil pela Volkswagen. O review completo está disponível no nosso canal no YouTube.
A começar pelo exterior, o destaque do Golf GTI fica por conta da grade com friso vermelho e do para-choque, diferenciado em relação às outras versões. Os faróis de neblina ficam escondidos atrás de um conjunto de frisos pretos. O farol principal tem xenônio no projetor para luz baixa e luz alta. Na lateral, as rodas aro 17 são o destaque, junto com a silhueta mais baixa do hatch médio, que se fecha com o aerofólio sobre a tampa traseira. As lanternas em led avançam para o centro da tampa, assim como também encostam na coluna C larga, típica do Golf.
Por dentro, o padrão de acabamento destoa em relação aos Volkswagen atuais. O Golf é bem mais sofisticado e luxuoso quando a gente compara com qualquer um dos crossovers que ocupam a mesma faixa de preço que o hatch ocupava. Destaque para o painel com material emborrachado e suave ao toque. Os instrumentos analógicos envolvem a tela central do computador de bordo. O sistema de mídia já estava disponível e tinha inclusive navegação embarcada e possibilidade de visualizar situações do carro.
Teto solar era opcional junto com os bancos de couro. Praticamente está disponível em todos os exemplares. Mais raro é o sistema de auxílio ao condutor com Front Assist, sistemas para manter o carro na faixa e o controle de cruzeiro adaptativo. Esses equipamentos eram opcionais.
Ao volante, o Golf GTI mostra um comportamento dinâmico de dar inveja em muitos modelos atuais. A suspensão tem acerto perfeito para obedecer aos comandos do motorista. O ajuste consegue equilibrar conforto com esportividade. Estar ao volante de um Golf GTI é ter um carro na mão e pronto para obedecer comandos. O ajuste do carro permite que o motorista entre mais forte em curvas e saia delas com sorriso no rosto.
No Golf GTI 2014, o motor é o EA888, 2.0 turbo da Volkswagen, oferecido inclusive nas versões topo de linha do Jetta de anos seguintes. O conjunto propulsor gera 220 cavalos de potência e 35,7 kgfm de torque. Essa força chega às rodas através de um câmbio automatizado DSG de seis velocidades. Ele permite trocas sequenciais, inclusive com aletas atrás do volante. É esse câmbio que faz as rodas cantarem em pneu em uma tocada mais esportiva ou até mesmo em uma arrancada um pouco mais forte em sinais de trânsito.
Se o carro é espetacular, difícil é localizar um exemplar como este, que a plataforma Eu Dirijo teve a possibilidade de dirigir. O modelo é praticamente original, quase sem alterações. Exceto pela suspensão levemente rebaixada. O Golf em questão passou sua vida na cidade de Santa Cruz do Sul na mão de apenas dois proprietários. Seguirá para um terceiro muito em breve. Mas isso explica seu estado impecável de conservação.
Por isso, a nossa recomendação, caso você se interesse por um Golf GTI: faça a compra agora. Vai ficar cada vez mais difícil encontrar um exemplar ainda original. Os que restarem vão custar caro.
Reportagem e fotos: Guilherme Rockett