A nova Chevrolet Montana trouxe uma proposta bem clara para o segmento de picape com base em monobloco. O modelo da Chevrolet consegue ser confortável para o uso diário, econômico e ainda garante capacidade para o passeio no sítio de final de semana. O canal Veículos e Velocidade, no YouTube, testou dois modelos e o resultado das avaliações está no link abaixo.
Pode ser aquela picape não necessariamente para quem precisa mas apenas quer uma picape. Este é um conceito que se aplica à nova Chevrolet Montana. Por fora, ela traz o estilo visual da Chevrolet que deve vir em próximos lançamentos. Na parte mais superior, um
filete serve de iluminação diurna. O bloco principal dos faróis está em posição intermediária, junto com o espaço da luz de seta. Mais abaixo, a um nicho para a instalação do farol de neblina. O equipamento só é vendido como acessório e precisa ser instalado e pago a parte nas concessionárias.
Na lateral, a linha de cintura é reta desde a caçamba até o capô. Em um primeiro momento, a gente estranha. Depois, é possível se acostumar com o conjunto, que tem a coluna em ângulo próximo de 45° e, com isso, deixa o pára-brisa mais curto e com caimento mais acentuado.
As rodas de liga-leve em tom cinza são de série na versão Premier assim como as barras no teto. Entre os equipamentos vendidos como acessório, estão estribos, frisos e também o Santo Antônio.
Na parte traseira, lanterna com iluminação convencional e uma barra escura que une os dois conjuntos de iluminação. A assinatura Chevrolet é em baixo relevo. Como acessório, tem um emblema para ser instalado no espaço.
A caçamba e a modularidade do espaço
a caçamba tem 874 litros e 600 quilos de capacidade para transporte. O grande destaque está no sistema modular que também é vendido como acessório. Trata-se do Multiboard, um conjunto de bandejas e divisórias que deixa o espaço praticamente um porta-malas. A tampa superior tem nichos para o transporte de cargas menores. Uma divisória central reduz o espaço para que a bagagem não corra para o fundo da caçamba. A capota marítima tem um sistema de vedação mais eficiente, que faz com que a água corra para fora do compartimento.
A versão Premier vem equipada com um acabamento superior em relação às outras. Dentro do carro, o motorista conta com chave presencial, ar-condicionado digital e automático, carregador de celular por indução, câmera de ré e sensor de estacionamento traseiro. A lista de equipamentos ainda inclui direção com assistência elétrica, vidros elétricos nas quatro portas com sistema automático para descida ou subida, computador de bordo e o sistema de mídia My Link.
O câmbio automático é equipamento de série das versões Premier e LTZ. Embaixo do capô, todas as versões da Montana usam o motor 1.2 Turbo, com uma calibração para maior Torque e força. O que é mais próprio para uma picape. Atrás, o sistema de batente duplo na suspensão garante mais estabilidade e um conjunto firme, tanto com carga ou sem carga. Isso ficou comprovado quando a Montana rodou por piso irregular, estradas esburacadas e também no asfalto. Em qualquer uma dessas circunstâncias, a caçamba não pula quando vazia e a estabilidade é garantida.
O consumo de combustível exclusivamente urbano fica entre oito e nove quilômetros com litro quando o trânsito é mais intenso ou há mais aclives. Em condições de fluxo normal, é possível chegar aos 11 km/l dentro da cidade. Em rodovia, o consumo pode variar. Para viagens a 100 km/h, com mais acelerações, é possível chegar a 14 ou 15km/l. Motoristas mais comedidos ou que rodem por piso plano em baixas velocidades conseguem atingir marcas de 17km/l.
Bem na cidade, bem na estrada
Rodar com a Montana dentro da cidade vai exigir alguns dias de ajuste para quem teve antes um Tracker ou um Onix. O estilo de picape, com a caçamba, exige um tempo curto para adaptação. No entanto, ela não é exatamente um carro grande. Mas sim médio. O raio de giro deixa um pouco a desejar para manobras em espaços pequenos, como mercados ou estacionamentos.
No entanto, no trânsito a Montana mantem o mesmo conforto do Tracker, com bancos que apoiam bem o corpo e uma posição de dirigir próxima de um crossover atual, não muito alta. Na parte traseira, o espaço para as pernas não é grande mas está dentro do que se espera para uma picape, em que é preciso garantir parte do tamanho do carro para a caçamba. Quatro adultos podem andar bem, mas sem esperar conforto de sedã médio.
Conduzir a Montana é garantia de um rodar suave e com giro baixo quando o motorista mantém uma tocada suave. Ao exigir do motor para uma manobra, há um pequeno delay no turbo, até ele “encher”. Depois disso, o conta giros varre a escala do painel e a picape ganha agilidade. Sobra capacidade para ultrapassagens ou para uma tocada mais esportiva.
No fim das contas, a característica de que a Montana é uma picape mais para quem quer estilo fica reforçada, junto com a vocação mais urbana. Nem por isso, anula a capacidade do modelo para enfrentar o passeio ao sítio ou por uma região um pouco além do asfalto.