Spin: quase uma nova geração

Se a gente olhar de fora, não dá para dizer que se trata de uma nova geração. Mas quando a gente olha por dentro, o banho de loja foi grande. A nova Chevrolet Spin preservou a estamparia lateral mas ganhou muito em tecnologia e refinamento e se despediu daquele acabamento que lembrava muito o Onix de primeira geração.

Antes de seguir com o texto, uma ressalva. Aqui na Plataforma Eu Dirijo, vamos tratar Spin como “a Spin”. Isso porque nós entendemos a Spin como uma minivan, tal como a Zafira que a antecedeu. A marca afirma que o modelo é um crossover. O que pra nós é outro tipo de carro.

Dito isso, vamos ao que interessa. A dianteira é o que mais chama atenção. O capô está mais alto e com vincos. Faróis são em led com a barra da grade integrada. Eles melhoram em três vezes a iluminação comparado com os anteriores. Na lateral, molduras pretas contornam para-lamas e a parte inferior, exatamente na ideia de dar um ar mais aventureiro. A traseira tem lanternas com elementos em led, maiores que na Spin anterior.

A Spin antiga era mais baixa e raspava a frente com frequência. Essas mudanças melhoraram a transposição de obstáculos, como lombadas, valetas e rampas de garagem. O ângulo de ataque foi de 15,5 graus para 16,6 graus, e o de saída, de 22,9 graus para 24,4 graus. A altura subiu 1,6 cm.

Interior de outra geração

O espaço está garantido. São até sete lugares ou 756 litros de volume no bagageiro. As melhorias no interior aumentaram a percepção de conforto para todos os ocupantes. O modelo ganha opção de ar-condicionado digital e de saída de ar dedicada para a segunda fileira de assentos. O volante é o adotado na linha Onix atual, com base reta. Finalmente, o desenho de três raios que surgiu no Camaro e foi usado em toda a linha desapareceu. Já foi tarde.

Materiais são mais requintados, suaves ao toque. Há novos nichos, como um apoio para smartphones e um segundo porta-luvas emborrachado. O espaço aumentou 50% para porta-objetos.

O cluster tem tela digital de oito polegadas, que agora está integrada com a mídia de onze polegadas. É o estilo adotado na Montana e que deve seguir para toda alinha, chamado Virtual Cockpit System. O motorista pode escolher entre seis tipos de layouts, desde um visual minimalista até um mais completo, com a tensão da bateria ou o percentual da vida útil do óleo, por exemplo. A mídia tem Wi-Fi nativo e entradas USB dos tipos A e C, além de projeção para Android Auto e Apple Car Play sem fio.

Sete lugares: o diferencial

A configuração de sete lugares tem terceira fileira de bancos fixada à carroceria e que pode ser rebatida. A opção pela configuração fixa, em vez da removível pelo usuário, melhora a segurança e reduz de ruídos. Na geração anterior, essas peças móveis geravam grilos.

Motor 1.8: a mágica da GM

Quando a Spin 2020 chegou, o motor 1.8 SPE família 1 foi aprefeiçoado e ficou muito econômico. Agora a GM afirma que o propulsor foi novamente aperfeiçoado e ficou onze por cento mais eficiente. Acelerações e retomadas também ganharam mais agilidade.

São 111 cavalos de potência e 17,7 kgfm de torque. O novo módulo de gerenciamento eletrônico tem o dobro da capacidade de processamento e é o mesmo utilizado pelo Tracker. Ele que deu vigor extra para a nova Spin.

Nas configurações que dispensam o pedal da embreagem, o 0-100 km e o 80-120 km/h ficaram quase um segundo mais rápidos, considerando gasolina no tanque. Agora a aceleração máxima é feita em 11,8s (g) e 11,0s (e), enquanto a retomada é feita em 9,8s (g) e 9,3s (e), respectivamente.

De acordo com o Inmetro, a Spin é capaz de percorrer 13,4 km/l na estrada e 10,5 km/l na cidade (com gasolina). Se usar apenas etanol, as médias são de 9,3 km/l e 7,4 km/l. Números bons para um veículo de 4,42 m de comprimento, 1,2 tonelada e mais de 500 kg de capacidade de carga.

A nova Spin estreia em três versões de acabamento: LT, LTZ e Premier. São duas caixas de transmissão, manual ou automática, ambas com seis marchas.

 

Informações e imagens: assessoria GM