Um New Fiesta com 26 mil km

Versão com câmbio automatizado vale a pena?

 

Um Ford New Fiesta ano 2017 com 26 mil km passou pelo Guia de Usados do canal Veículos & Velocidade. O modelo na cor prata é a versão SE, equipada com o câmbio automático Powershift, um opcional nessa configuração. Será que vale a pena investir na caixa automatizada?

Primeiro, o nosso olhar por fora mostra que o New Fiesta tem linhas características e em sintonia com a escola de design que estava sendo utilizada pela Ford para modelos como Fusion e Focus. O carro tem personalidade e é bonito. A frente com apenas a grade se projetando é o diferencial do modelo. Na lateral e na traseira, recortes e linhas mostram uma ideia de carro mais baixo e mais esportivo. É um hatch compacto com apelo diferenciado.

Dentro do carro, o painel é mais comprido, se prolonga até o para-brisa e a posição de dirigir mais baixa traz uma imersão que lembrar o motorista de que ele está dirigindo um carro com apelo próprio, que não é comum. O painel com conta giros e velocímetro analógicos tem um pequeno computador de bordo de baixa resolução, mas que era o padrão dos carros fabricados entre 2015 e 2017, o ano deste Fiesta que experimentamos.

Rodando com o modelo dentro da cidade, é possível perceber que a suspensão ainda que firme, é mais macia que um Hyundai HB20, quando a gente compara com esse modelo que hoje está entre os mais vendidos no mercado. O New Fiesta consegue equilibrar melhor a esportividade com o conforto e filtra com mais suavedade as imperfeições dos pisos ruins.

O motor 1.5 retoma firme a velocidade mesmo com um toque médio no acelerador. Mostra agilidade na cidade. Nesta unidade, ele está acoplado ao câmbio Powershift, de dupla embreagem. O carro avaliado não apresentou nenhum tipo de falha e fazia as trocas de marcha de forma imperceptível, tal como quando um câmbio do tipo continuamente variável faz as simulações. Apenas o ponteiro do conta giros aparece baixando no painel, sem nenhum tipo de tranco.

O câmbio Powershift

Os problemas do câmbio Powershift são muito ocasionados pela infiltração de água, pequenas gotas em um dia de chuva por exemplo, que se acumulam com o tempo. Há relatos de proprietários com problemas em carros mais novos ou após algum tempo de uso. Em geral, os garfos que fazem as trocas das marcas oxidam e o funcionamento começa apresentar trancos. Até que, no limite, o câmbio não faz a troca das massas.

Hoje, a última informação obtida é que a Ford deu garantia para o câmbio até 240 mil km. No entanto, muitas oficinas especializadas já conhecem os problemas do modelo e apresentam soluções para resolver.

Ainda é um problema adquirir um Fiesta com câmbio Powershift? Não há como garantir que o carro não apresentará falhas. No entanto, quando se encontra um carro com baixa quilometragem como o Fiesta SE 2017 que dirigimos, de único dono, vale ir ver e avaliar a compra.

O funcionamento do câmbio era perfeito, o carro muito equilibrado e sem nenhum ruído de suspensão. O modelo que hoje (abril/2023) está a venda por R$56 mil é um carro bastante completo, com vidros, travas e retrovisores elétricos, rádio original com conexão Bluetooth e USB e outros detalhes como alerta sonoro de faróis acesos.

No percurso urbano que realizamos, a média de consumo ficou em 12km/l utilizando gasolina em um trânsito de manhã de domingo, leve. Para o uso em trânsito pesado, as médias do dono ficam em cerca de 7,5km/l com litro.